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vale do lobo LiVing 91

Em pleno Século XXI, os tradicionais sons do Fado não ficaram à margem dos tempos moder-nos, mas evoluíram e acompanharam as tendên-cias, consagrando-se à escala mundial como a canção que representa a alma Portuguesa e canta o seu destino. Através do talento e voz de novos artistas, que agem como embaixadores de Portugal, o Fado leva o canto, a cultura e o encan-to da Nação aos quatro cantos do mundo. Embora tradicionalmente Português, as origens do Fado permanecem incertas, sendo que algumas teorias defendem ser herança dos tempos de ocupação Árabe enquanto outras que a génese deste estilo musical remete à evolu-ção dos cânticos dos marinheiros Portugueses, durante os longos períodos no mar, expressando a saudade da sua casa e terra natal.

Nos finais do Século XVIII, a indiscutível raíz urbana do Fado surge numa comunhão de espaços lúdicos entre a aristocracia boémia e as franjas mais desfavorecidas da população lisbo-eta, que canta as suas paixões, tristezas, ciúme e esperanças. O primeiro registo escrito data do Século XIX e, desde então, o Fado foi toman-do a imagem de quem o cantou, impulsionado

pelo interesse da burguesia pela arte, que logo ganhou importância nacional.

Durante as Décadas de 40 a 60, o cinema, o teatro e a rádio projectama canção para o grande público, constituindo a época de ouro do Fado em Portugal e em que a figura do fadista nasce como artista, revelando vozes inesquecíveis como a de Amália Rodrigues, conhecida nacional e internacionalmente como a maior fadista de todos os tempos e pioneira do Fado moderno. Ultrapassando as barreiras da cultura e da língua, com Amália, o Fado consagrar-se-ia definitiva-mente como um ícone da cultura nacional.

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